PRESS RELEASE

CD "Toque de Arte - 20 Anos - Ao Vivo"

 

      São quatro artistas que fazem música com virtuosismo e empolgação. São quatro cantores contaminados pelo vírus de cantar em vocal. Eles são o Toque de Arte, que lançaram no início de 2017, no palco do Rio Scenarium – Pavilhão de Cultura - RJ, seu mais novo trabalho, o CD “Toque de Arte – 20 Anos – Ao Vivo”, gravado num dos mais belos espaços artísticos do país, o Citibank Hall – RJ, cantando e celebrando sua bela trajetória musical.

        O Toque, como é carinhosamente conhecido, atua no mercado nacional e internacional, e se apresenta com mais frequência nos principais palcos da Lapa carioca, região que ajudou a revitalizar artística e culturalmente há mais de 15 anos, fazendo a cada show, uma festa para o público fiel.

         Em seu repertório o grupo passeou por sambas tradicionais, instrumentais clássicos, sambalanços, sambas-enredo e até pelo Pop Rock, mostrando um ecletismo real lapidado ao longo de vários anos de estrada. E sempre com sua a característica marcante: a vocalização de 4 cantores.

     O quarteto aproveitou para homenagear o seu maior tutor, o amigo e saudoso Magro Waghabi, eterno maestro do grupo MPB-4, que ajudou a moldar o perfil vocal do grupo, marca registrada do Toque de Arte .

     Magro começou em 2002 um trabalho com o quarteto que culminou no primeiro CD – Samba & Voz (2004 - independente) - com participações de Chico Buarque e Martinho da Vila, e no segundo CD – Pelos Quatro Cantos (2008 - Albatroz) – com a participação luxuosa da Alcione “Marrom”.

Depoimento:

Marcelo Eloi - Integrante e Produtor do Toque de Arte

            “Nós levamos boa parte da nossa história artística, trabalhada com entusiasmo e dedicação, para este novo projeto, atendendo aos pedidos do nosso público e para que a nossa verdade ficasse ainda mais completa, já que estamos falando de um trabalho ao vivo.

             Nesse momento lançamos o CD que é o áudio do DVD, já lançado no exterior, e escolhemos para isso o palco do Rio Scenarium, espaço que nos abraçou há 15 anos quando chegamos na Lapa. E nada mais aconchegante do que lançar esse nosso terceiro CD num local onde nos sentimos em casa. Foi realmente uma grande festa brasileira”.

Coluna jornalística do crítico musical Aquiles Rique Reis (MPB4)

"Aprimorados e populares

     Marcelo Eloi, Marcelo China, Marcio Costa e Fernando Regis são o Toque de Arte. Além de tocarem samba, gênero que os lançou e até hoje é reverenciado por eles, os caras cantam o fino!          Conheci-os ao ouvir seu segundo CD lançado em 2008. À época, não escondi a minha satisfação pelo fato de terem buscado a experiência do saudoso diretor musical no MPB4, Magro Waghabi, que criou quase todos os arranjos vocais do disco e ajudou a inoculá-los com o vírus do vocal – esse que, após contraído, não há remédio que cure: é para a vida toda. Sob suas bênçãos, o Toque de Arte chegou, cantou, tornou-se um bamba do samba, deu asas às suas vozes e cresceu – e aí é que está a grande sacada que os diferencia.
      E agora os rapazes estão novamente na área, com Toque de Arte – 20 anos – ao vivo (Fina Flor), gravado no Citibank Hall, no Rio de Janeiro. Amadurecidos, conhecedores dos segredos do palco e do que faz seus admiradores vibrar, o repertório selecionado é poderoso – só sucessos; os arranjos vocais seguem a trilha aberta pelo Magro. O Toque apresenta um aprimoramento vocal que, apesar de não o impedir de ser popular, o torna único na cena do samba.
      Interpretando músicas já gravadas por eles e outras escolhidas a dedo para seduzir seus fãs, ganha destaque uma banda de apoio com onze instrumentistas, cujo arranjador do naipe de sopros, o trombonista Fabiano Segalote, fez um belo trabalho. Somada às percussões do quarteto, a sessão rítmica é fundamental para que os arranjos de base, criados pelo Toque, ganhem sustança.
      A abertura é uma sequência instrumental: Hino Nacional Brasileiro (Osório Duque Estrada e Francisco Manoel da Silva), cantado em ritmo de samba, “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso) e “Brasileirinho” (Waldir Azevedo). Sax, trompete e trombone somam-se a bateria, baixo, teclado e ritmo, este a cargo de quatro músicos. Um esquenta de primeira.
      E na sequência, a regravação de “Aquarela Brasileira” (Silas de Oliveira), com arranjo vocal do Magro: início vocalizado e a capella. A seguir, cantos, contracantos e coros. Solo vocal a cargo da voz grave de Marcio Costa. Um divertimento com alguns versos e um ralentando conduzem ao final.
   Após introdução do sax, “Retalhos de Cetim” (Benito de Paula), também gravada no trabalho anterior. Nando Regis e seu cavaquinho iniciam o canto. O arranjo conduz a música arritmo, reinicia a melodia e finaliza.
      Um medley que começa com um rap, cuja letra é do próprio Toque, tem também “Isso Aqui o que É” (Ary Barroso), solada por Marcelo Eloi, “Maracangalha” (Dorival Caymmi) destacando a flauta e “Kid Cavaquinho” (João Bosco e Aldir Blanc), solo vocal de Nando Regis. Com o refrão (re)quebrado, finalizam.
      Com total domínio do palco, o Toque de Arte cativa o público, que se esbalda de tanto gostar. Peralá... garrei a pensar: o Magro tinha que estar aqui agora, para ver o quanto ele colaborou, e ainda colabora, com a trajetória vitoriosa dos quatro meninos vocalistas e sambistas."

Aquiles Rique Reis, vocalista do MPB4